No dia da chegada dos chefes de Estados à Rio+20, cerca de 50 mil pessoas percorreram as principais avenidas do centro do Rio de Janeiro para protestar contra os retrocessos socioambientais do Brasil. Diversos movimentos de todo o País pediram defesa às florestas. Entre os participantes estiveram representantes de ONGs, como a Fundação SOS Mata Atlântica, pequenos agricultores, povos indígenas, estudantes, cientistas e deputados.
Os manifestantes ergueram faixas com os dizeres “O jogo não acabou” e em gritos de ordem deixaram claro que não concordam com a posição do Congresso Nacional na aprovação do novo Código Florestal, que abre brechas na legislação que protege os rios, florestas e demais recursos naturais.
Uma das marcas do ato foi a irreverência. Muitos fizeram pinturas no rosto e artistas imitaram a presidente Dilma e outros parlamentares que apoiam a causa ruralista. Um caixão simbolizou o enterro da política ambiental imposta pelo governo de da presidente Dilma Rousseff.
O protesto fez parte do Dia Global da Ação, uma programação da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20. A Fundação SOS Mata Atlântica esteve em peso no ato para mostrar que a agenda socioambiental do governo tem andado para trás, principalmente após o veto pífio da presidente Dilma e o encaminhamento ao Congresso da Medida Provisória que ainda ameaça nossos recursos naturais.
“A mensagem do grave momento pelo qual passa o País ecoou por todos os lados e das mais diversas formas”, contou Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica.
A mobilização, que teve duração de 4 horas, ocorreu na avenida Rio Branco na altura do cruzamento com a Presidente Vargas. Os manifestantes ocuparam cinco pistas e marcharam até a Cinelândia.
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