A conservação da Mata Atlântica é feita por mulheres: uma homenagem da SOS Mata Atlântica à força e dedicação destas ambientalistas

07 de March de 2022

Entre as altas e belas árvores da Mata Atlântica, ouvindo o canto dos pássaros ou os gritos dos muriquis, batalhando por melhores políticas públicas ou ensinando nossas pequenas crianças, lá estão elas – as mulheres que tornam possível a conservação de um dos biomas mais ameaçados do mundo. Para celebrar o Dia das Mulheres, escolhemos apresentar o trabalho de especialistas, cientistas, voluntárias, líderes e guerreiras que representam o universo feminino da Mata Atlântica e que, com sua dedicação, servem de inspiração para outras mulheres, para novas gerações de pequenas ambientalistas e para toda a sociedade.  
  • Clelia Maria Rossi
Clelia é bióloga de formação e ambientalista por vocação. Foi uma voluntária muito ativa em projetos e atividades de mobilização da  SOS Mata Atlântica em São Paulo e criou a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) São Judas Tadeu. Além de educadora ambiental, Clelia é uma guardiã da natureza, contribuindo para a  preservação da floresta e deixando um verdadeiro legado para as futuras gerações. Há poucos quilômetros de São Paulo, Clelia realiza seu sonho de proteger a flora, de gerar água limpa, de ter um refúgio para a vida silvestre e de propiciar mais qualidade de vida para sua família e para seu entorno.  
  • Kelen Leite
Kelen integra a equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e atualmente lidera o Núcleo de Gestão Integrada de Alcatrazes, na gestão  de duas Unidades de Conservação marinhas que são verdadeiros cases de sucesso: o Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes (SP) e a Estação Ecológica de Tupinambás (SP). Gerir uma Unidade de Conservação é um desafio enorme, que Kelen supera com muita maestria. Mas ela não para por aí. Ela também coordena as atividades de pesquisa e de visitação,  que possibilitam que as pessoas conheçam de perto essas áreas marinhas e participem dos esforços de conservação da natureza.  
  • Maria Ivone Silva
Maria Ivone é uma líder comunitária com a vocação de ser agente de mudanças. Sua trajetória começou no distrito de Perus, zona norte da cidade de São Paulo, reunindo moradores da comunidade em mutirões de limpeza. Logo, Maria Ivone estava apoiando a criação do Instituto Reciclando Vidas e desenvolvendo um novo projeto – dessa vez com a criação e manutenção de pequenas praças na comunidade. Sua inquietude e determinação também a levaram a ser voluntária do Projeto Observando Rios, da SOS Mata Atlântica. Novamente reunida com outras pessoas engajadas, Maria Ivone contribui para o monitoramento da qualidade da água do rio e  por melhorias nas condições de vida em sociedade.  
  • Natalie Unterstell
Natalie é especialista em políticas públicas e negociações climáticas do Brasil. Foi diretora de desenvolvimento sustentável da Presidência do Brasil e liderou o mais ambicioso programa de adaptação ao clima já realizado no país. Antes disso, atuou no Ministério do Meio Ambiente e foi uma das principais negociadoras do país sobre REDD+ (mecanismos que recompensa financeiramente países em desenvolvimento por ações que reduzam a emissão de gases de efeito estufa). Também acompanhou as discussões da Conferência do Clima em 2021, principal evento sobre o tema em todo o mundo, fazendo análises em tempo real sobre as negociações internacionais sobre o clima. Atualmente tem um programa em que trata de políticas públicas climáticas, é colunista e comentarista do assunto, lidera o projeto Política por Inteiro e é Presidente do Instituto Talanoa. Natalie também integra o quadro do Conselho Administrativo da Fundação SOS Mata Atlântica, participando ativamente e nos ensinando muito sobre questões climáticas, sobre diplomacia, sobre resiliência e sobre liderança.   Essa é nossa singela homenagem a este Dia das Mulheres. Singela porque reconhecemos que existem outras inúmeras mulheres que merecem, não apenas neste dia, o destaque por sua dedicação na proteção das nossas florestas. Desejamos que essa determinação feminina se espalhe pela Mata Atlântica!

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