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09 de November de 2022
Para Luís Fernando Guedes Pinto, diretor executivo da SOS Mata Atlântica, a análise reforça a proposta de ter a Mata Atlântica como um bioma mundialmente prioritário para a restauração . “A combinação do fim do desmatamento com a restauração florestal e sistemas de produção agropecuária de baixo carbono permitem a Mata Atlântica se tornar neutra em carbono no setor de uso da terra. Essa oportunidade, combinada ao enfrentamento da dependência dos agrotóxicos, pode subsidiar um novo paradigma para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis para o Brasil e para a humanidade como um todo”, afirma.
A Mata Atlântica, bioma presente em 3.429 municípios de 17 estados do Brasil, é um dos principais hotspots da biodiversidade do planeta. Fornece serviços ecossistêmicos fundamentais (com abastecimento de água e manutenção da qualidade do ar) para 70% da população brasileira e grande parte das principais metrópoles e áreas urbanas do país. Considerada patrimônio nacional pela Constituição Federal, está protegida pela Lei da Mata Atlântica, publicada em 2006. “É o bioma mais devastado do Brasil, com remanescentes distribuídos de maneira desigual. Desde o início da colonização portuguesa, em 1500, o sistema agroalimentar brasileiro dependeu basicamente da Mata Atlântica durante a maior parte da história, mas o seu potencial atual para contribuir, de forma sustentável, com a segurança alimentar da população brasileira ainda é pouco conhecido e explorado”, completa Jean Paul Metzger, professor do departamento de ecologia da USP, conselheiro da SOS Mata Atlântica e um dos autores do estudo.
O estudo buscou preencher essa lacuna, identificando que o bioma responde por parte importante da produção agropecuária do Brasil e grande variedade de cultivos, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2017:
A Mata Atlântica é capaz de contribuir enormemente para o enfrentamento das mudanças climáticas. A neutralidade das emissões de uso da terra no bioma pode ser alcançada juntamente com a produção sustentável e a oferta de alimentos saudáveis – com a combinação de algumas ações:
Acesso o estudo completo aqui. A versão em inglês também está disponível (Food Production in the Atlantic Forest).