Se mantenha informado de nossas ações
Iniciativas
Observando os rios
Nova história para a Mata Atlântica
Aprendendo com a Mata Atlântica
Apoio a áreas protegidas marinhas
Apoio aos parques e reservas
Florestas do futuro
Centro de experimentos florestais
Aqui tem mata
Atlas da Mata Atlântica
Unidades de Conservação municipais na Mata Atlântica
Sistema de Alertas de Desmatamento da Mata Atlântica
Educação Ambiental
Um futuro próspero para a Mata Atlântica
Márcia Hirota escreve sobre a importância de marcas estimularem seu público para uma agenda sustentável
26 de outubro de 2022
Sou nativa da Mata Atlântica. Nasci numa cidade que tem de um lado a serra do Itapeti e de outro, a serra do Mar. Mogi das Cruzes é também cortada pelo Rio Tietê, que nasce bem próximo, em Salesópolis.
Desde criança, conheço bem este lugar. O meu pai pilotava monomotores e passava com ele muitos finais de semana sobrevoando e visitando essa região e outros trechos do bioma. A paisagem vista do céu é algo extraordinário e esse exercício ajudou muito, anos mais tarde, entre 1994 e 2021, quando coordenei o Atlas da Mata Atlântica, ferramenta para monitorar o desmatamento, desenvolvida pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Dos meus olhos sobre o horizonte, me tornei ambientalista, ampliando a visão com os olhos dos satélites. No trabalho, pude observar, indignada e triste, muitas áreas desmatadas, queimadas e devastadas. O conhecimento só aumentou a minha vontade de lutar cada vez mais em defesa da Mata Atlântica. Tive oportunidade de admirar muitas florestas preservadas e protegidas. Também, conhecer muitas pessoas, comunidades, organizações, iniciativas e suas histórias incríveis.
O contato com a natureza é para mim a plenitude da vida, momento sempre mágico e de testar e explorar todos os sentidos. A vista pode alcançar as paisagens mais fabulosas e nosso olhar pode dar o zoom aos detalhes, os mais singulares. De dia, podemos ver o verde e o colorido das plantas, das flores e dos animais. À noite, com muita sorte, poderemos ver as luzes de vaga-lumes, pirilampos ou fungos e cogumelos bioluminescentes.
O som, especialmente do canto dos pássaros, o cheiro e o perfume das plantas são puro momento de alegria e prazer! A paixão pela natureza e a força em prol dessa causa só aumentam a cada visita.
Uma trilha na mata atlântica é das coisas que mais gosto de fazer.
A pandemia limitou nossas andanças, mas pude explorar novos lugares. A Mata Atlântica está tão próxima da gente que em poucas horas ou minutos muitos de nós podemos visitá-la. Ela atinge 17 estados, 3.429 municípios, 16 capitais e as principais metrópoles – pois é a casa de 2/3 da população brasileira. Abriga ainda belíssimos parques e reservas, pouco visitados.
O bioma também concentra 80% do nosso PIB, com muitas empresas e atividades econômicas instaladas. Quando comecei a atuar nesta causa, havia poucas empresas aliadas. Depois, o assunto virou moda e surgiu o marketing verde (do inglês, greenwashing). Por um período, era difícil distinguir as empresas que levavam o meio ambiente a sério das que apenas usavam para se promover. Mas algumas continuaram a evolução, perseguindo uma produção mais sustentável, com menor impacto e apoiando ONGs e iniciativas comprometidas com a causa ambiental.
Com os princípios do ESG, mais empresas adotaram melhores práticas. As marcas, com grande alcance e recursos, podem fazer a diferença por um ambiente mais equilibrado e com qualidade de vida. A forma como elas se relacionam com a natureza e estimulam seu público para uma agenda sustentável é crucial.
O Brasil tem um potencial enorme para promover o desenvolvimento aliado à conservação da natureza, inclusive no turismo, com geração de trabalho e renda para as comunidades e empreendedores locais.
Precisamos de mais consumidores de natureza, no bom sentido. A natureza pode tocar e marcar as pessoas com boas experiências – e fazer bem para nossa saúde, como comprovado com os “banhos de floresta”, conceito que surgiu no Japão e ganhou o mundo.
Sonho com um futuro próspero para a Mata Atlântica, que foi alçada a patrimônio nacional pela importância que tem para o país – que ganhou seu nome de uma árvore do bioma.
O futuro exige preservar as florestas nativas e restaurar áreas, especialmente para garantir água e os demais benefícios para a sociedade e para a economia. A SOS Mata Atlântica já plantou mais de 42 milhões de mudas de árvores nativas em vários estados do bioma em parceria com várias empresas.
Esse futuro só será alcançado com o comprometimento real das empresas e de toda a sociedade.
Relacionados
Fundação SOS Pro-Mata Atlântica
+55 (11) 3262-4088
Rodovia Marechal Rondon, KM 118
13312-000 - Bairro Porunduva – Itu/SP
57.354.540/0001-90
2021 © SOS Mata Atlântica