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Com quase 42 milhões de árvores nativas plantadas, o que temos a dizer?
Depois de 28 anos de experiência em campo, a Fundação SOS Mata Atlântica está entre as organizações que mais plantou mudas de árvores nativas
13 de abril de 2022
Plantamos árvores, entregamos florestas! A SOS Mata Atlântica está entre as organizações que mais plantou mudas de árvores nativas e acumulou experiência em projetos de restauração florestal e de fomento à cadeia de revegetação do bioma no país. Completando 28 anos de trabalho no campo e alcançando cerca de 42 milhões de mudas de árvores nativas plantadas, a Fundação lança um relatório para compartilhar sua história e inspirar outras pessoas e instituições que queiram contribuir, direta ou indiretamente, com a recuperação da Mata Atlântica, seja pelo apoio, execução ou financiamento de projetos ou por meio da pesquisa.
O relatório, lançado às vésperas do Dia da Conservação do Solo, narra as etapas e resultados alcançados com o trabalho integrado realizado pela SOS Mata Atlântica para restauração do bioma, que combina monitoramento da cobertura de florestas e vegetação natural, produção e plantio de árvores de espécies nativas, estudos e apoio à pesquisa científica e incidência de políticas públicas.
A primeira oportunidade de restauração da Fundação surgiu com o Reflorestando o Tietê em 1993, com o propósito de contribuir com a despoluição do maior rio paulista. Já no ano seguinte, era implantado o primeiro viveiro de mudas nativas, em Iguape, litoral sul do Estado de São Paulo. Mas, o início de uma fase de grande escala veio com o projeto ClickArvore, idealizado pelo deputado Rodrigo Agostinho (PSD-SP), em 2000. O projeto mudou a história da restauração no país e criou uma forma simples e inovadora de fomentar o plantio, ao mesmo tempo em que promovia o engajamento e o compromisso social e empresarial.
A partir das lições aprendidas com o ClickArvore, iniciou-se uma nova fase de restauração na SOS Mata Atlântica, que permanece até hoje, por meio do programa Florestas do Futuro. Desde então, com a participação de empreendedores, foram plantadas por volta de 42 milhões de mudas de árvores nativas, equivalentes a mais de 23 mil hectares de áreas em processo de restauração florestal.
As iniciativas de restauração desenvolvidas pela SOS Mata Atlântica estão distribuídas por nove estados, sendo São Paulo, Paraná e Minas Gerais os mais beneficiados. Em escala regional, o município que recebeu o plantio do maior número de árvores nativas é Itu, no interior de São Paulo, com mais de 1,5 milhão de mudas, distribuídas em 47 projetos. Na cidade também se encontra o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Grupo HEINEKEN, a área que já teve diversas vocações, como produção de café e criação de gado, é hoje um exemplo claro dos benefícios que a restauração pode trazer para o seu entorno e para toda sociedade.
ACESSE TODO O HISTÓRICO DE DADOS DA RESTAURAÇÃO NO RELATÓRIO
A restauração é uma das causas prioritárias da SOS Mata Atlântica, que também visa o alcance de Água Limpa para todos, o fortalecimento e a valorização de parques e reservas no bioma e melhores políticas do clima.
A Década da Restauração Florestal
A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a década de 2021-2030 como a Década da Restauração de Ecossistemas, sendo “uma convocação para a proteção e a revitalização dos ecossistemas de todo o mundo, para benefício das pessoas e da natureza. Tem como objetivo deter a degradação de ecossistemas e restaurá-los para alcançar os objetivos globais”.
As florestas estão entre os ecossistemas mais ameaçados do mundo, sendo o fim do desmatamento e a restauração as soluções para frear o aquecimento global e reestabelecer as funções ecológicas da natureza.
Segundo um estudo publicado na Revista Nature, que considerou os benefícios para a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas, a Mata Atlântica é um dos ecossistemas com maior prioridade para a restauração no mundo. O bioma faz parte de um grupo de ecossistemas em que a restauração de 15% de sua área evitaria 60% das extinções de espécies previstas, ao mesmo tempo em que sequestraria o equivalente a 30% do CO2 lançado na atmosfera desde o início da Revolução Industrial.
O status de conservação da Mata Atlântica
Apesar de ser uma das florestas mais biodiversas do mundo, a Mata Atlântica passou por intensos períodos de exploração econômica, que acabaram por torná-la também uma das mais degradadas. Atualmente, segundo as lentes do Atlas da Mata Atlântica restam apenas 12,4% das áreas originais, composta por fragmentos mais maduros acima de três hectares, com dossel fechado ou sem degradação detectável por imagem de satélite. Outra importante ferramenta de avaliação, o MapBiomas, aponta que restariam 28% de cobertura original, considerando fragmentos jovens e maduros acima de meio hectare, independente de seu estado de conservação.
No entanto, a literatura científica aponta que o limiar mínimo para a conservação das florestas é de 30% de cobertura de paisagem, independente de seu estado de conservação. Apesar da falsa impressão de segurança que este dado pode dar, é preciso observar que as florestas seguem em rota de alta ameaça, com o aumento do isolamento de áreas e degradação dos fragmentos mais importantes. Diante deste cenário, interromper graves ameaças, como o desmatamento, é imperativo, mas não suficiente. Se faz necessário a implementação de soluções baseadas na natureza, como a restauração florestal, para conservação e recuperação do bioma.
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